Há muito, temos ouvido notícias de avivamentos em várias partes do mundo. Na África, na Coréia do Sul, na Argentina, e recentemente na Colômbia. Fala-se do mover soberano de Deus, salvando vidas aos “borbotões”. Algo divino, sobrenatural e visível. Histórias verídicas de pessoas que, simplesmente, passando pela rua, sem ouvir qualquer música ou mensagem, começam a sentir uma profunda comoção, uma aguda consciência de pecado, e vão correndo a uma igreja, chorando, e entregam a vida a Jesus. Famílias inteiras que, durante uma singela refeição, são surpreendidas por uma presença que envolve o ambiente, e todos começam a louvar, adorar, e ficam cheios do Espírito Santo. Outros que, lá mesmo no hospital ou num leito em casa, sem a presença de qualquer ministrante, são curados instantaneamente, reconhecem a ação divina e passam a servi-lo. Púlpitos são inflamados, ministérios desabrocham, milagres acontecem, o reino de Deus chegou.
A palavra santidade ganha novos contornos, ganha peso, torna-se o anelo ardente de quantos são tocados por essa graça. Como desejamos esse avivamento! No entanto, ele não acontece do nada, por acaso, ou por única e exclusiva direção divina, embora seja essa a vontade dele. Deus responde o clamor do seu povo. A Escritura diz que Ele derrama água sobre a terra seca e sedenta; Ele atende ao que pede; responde ao que busca; abre ao que bate à porta. Avivamento vem como resposta ao clamor de um povo sedento. “Oh! Se fendesses os céus, e descesses! Se os montes tremessem na tua presença! Como quando o fogo inflama os gravetos, como quando faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, de sorte que as nações tremessem da tua presença!” (Isaías 64:1-4). As notícias do Brasil que chegam a outros países, dão conta de que estamos experimentando um grande avivamento. Abertura total para a pregação do Evangelho, Igrejas crescendo como nunca, Pastores inflamados, vários movimentos e comunidades independentes arrastando multidões, enfim, tudo leva a entender aos de fora, que o Brasil está sendo sacudido pela obra do Espírito Santo.
Não resta dúvidas de que a mão de Deus age sobre a nossa nação. Porém são apenas gotas diante daquilo que o Senhor deseja e pode fazer. Nós não sabemos e não podemos definir como será o avivamento que Deus tem para o Brasil. Não existem fórmulas. Contudo, há princípios e elementos comuns em todos os avivamentos na história da igreja: Quebrantamento, arrependimento, confissão de pecados e mudanças de atitude e comportamento; priorização das coisas espirituais, seriedade e compromisso com o reino, a igreja; apego às Escrituras; vida intensa de oração e jejum; genuíno amor e carinho pelos irmãos, e solidariedade para com o próximo; desapego das coisas materiais e liberalidade na contribuição; ampla visão missionária e apaixonado ardor evangelístico; louvor e adoração que vêm da alma, e o exercício de todos os dons espirituais. Esse é o avivamento que esperamos. Não o que rasga as vestes, mas o que quebranta o coração; não o que impressiona os olhos, mas o que gera frutos para a glória de Deus; não o que traz apenas “carisma”, dons, milagres, mas o que além dessas coisas, produz caráter, vergonha, siso, honestidade, chão e perseverança. Gente que, cheia do Espírito de Deus, honra o ministério da sua igreja local; gente que não se abala com a força do vento contrário; gente que compra e veste a camisa, e não muda de time porque a torcida de lá grita mais alto. Esse é o avivamento que esperamos. Que Deus ouça a nossa oração, fenda os céus e desça.
Autor Rev. Itamar Bezzera
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